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É um exercício de resistência e de superação! Dos 42 km da maratona dos resíduos, Portugal entra agora na reta final para chegar à meta já alcançada pelos restantes países da União Europeia. Precisamos de fôlego, perseverança e de apostar nos biorresíduos como a barra energética que nos vai ajudar a cruzar a meta.

Portugal está numa jornada ambiciosa em direção a um futuro mais sustentável e os números revelam-nos o caminho que já percorremos e, de uma forma desafiante, aquele que ainda temos pela frente. Se pensarmos na gestão de resíduos como uma maratona, Portugal está a acelerar o passo, mas ainda há metas europeias por alcançar.

Enquanto a média da União Europeia já recicla cerca de 48% dos seus resíduos urbanos, Portugal está a trabalhar para aumentar a sua taxa de reciclagem, que atingiu 31,5% em 2021. Embora estejamos a caminhar na direção certa, ainda estamos a alguns passos dos países da linha da frente, como a Alemanha, que recicla mais de 67% dos seus resíduos. No entanto, a corrida não termina aqui — até 2025, Portugal e todos os Estados-membros terão de alcançar uma taxa de reciclagem de 55%.

A deposição de resíduos em aterro é um dos obstáculos mais difíceis de ultrapassar. Em Portugal, cerca de 57% dos resíduos ainda acabam confinados em aterros sanitários, comparado com uma média europeia de 23%. Enquanto alguns países como a Suécia e a Alemanha já praticamente dizem adeus aos aterros, nós continuamos a enviar quase metade dos resíduos produzidos para este destino. Mas a meta é clara: reduzir, reciclar e valorizar os resíduos.

Vamos todos compostar?

No que toca a biorresíduos — restos de comida e materiais orgânicos que se podem transformar em adubo e simultaneamente produzir energia — Portugal está a plantar as sementes para uma grande mudança. Este pode ser o trunfo para melhorar a nossa performance, nesta maratona, que tem de ser acompanhado pela sensibilização e pela luta contra o desperdício alimentar. A implementação da recolha seletiva de biorresíduos está em curso e o objetivo é que em breve todo o país esteja a compostar e a reduzir a deposição de matéria orgânica nos aterros.

Por outro lado, em termos de produção de resíduos, Portugal e a União Europeia estão quase lado a lado: geramos, em média, 507 kg de resíduos por pessoa por ano, um pouco acima da média europeia. Ainda assim, há uma grande diversidade no comportamento dos países europeus. Enquanto a Dinamarca, com os seus cerca de 800 kg por pessoa, parece liderar o desperdício, países como a Roménia produzem na ordem dos 300 kg.

O desafio está em equilibrar a produção e a reciclagem, mas Portugal está comprometido em transformar resíduos em recursos. Com metas claras e um esforço coletivo, estamos a trilhar o caminho para um futuro mais verde, lado a lado com os nossos parceiros europeus.

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