Urgente: efeito “positivo” de borboleta precisa-se para sairmos do caos
Sabia que uma em cada três espécies de abelhas e de borboletas estão em declínio no território europeu? Desde 1991, perdemos 30% das borboletas.
Os dados são da União Europeia e apontam para um cenário de caos. Estamos a destruir o nosso património natural a uma velocidade estonteante e precisamos de medidas que nos permitam ir para lá da mitigação e do combate às alterações climáticas, dando cumprimento ao Acordo de Paris.
“a BioRumo vê (a Lei do Restauro da Natureza) com enorme satisfação e entusiasmo, depende, numa primeira fase, de uma rápida execução, tal como os números exigem.”
Para responder a esta urgência, os Ministros do Ambiente da União Europeia (UE) deram luz verde à Lei do Restauro da Natureza, que incluiu o voto favorável de Portugal e que prevê a recuperação até 2030 de 30% dos habitats em más condições. Uma vez mais, aqui, a UE apresenta-se como pioneira, abrindo caminho para os restantes países do globo. Este instrumento legal ganhará forma num Plano Nacional de Restauro, a cargo do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e será essencial para melhorar os números dramáticos referidos.
“Se é certo que basta um bater de asas de borboleta para espoletar o caos, vamos acreditar que esse mesmo bater de asas nos pode permitir sair deste estado caótico.”
Importa destacar que o sucesso deste plano, que a BioRumo vê com enorme satisfação e entusiasmo, depende, numa primeira fase, de uma rápida execução, tal como os números exigem. Será importante envolver todos os stakeholders, numa consulta pública alargada e diversificada, e garantir financiamento para assegurar o correto restauro do nosso património natural.
O retrato do declínio das espécies cria-nos “borboletas na barriga”, pelos piores motivos. Se é certo que basta um bater de asas de borboleta para espoletar o caos, vamos acreditar que esse mesmo bater de asas nos pode permitir sair deste estado caótico. Acreditamos que este diploma comunitário pode ser o tão desejado “efeito positivo borboleta”, em prol de um amanhã mais sustentável, em equilibro e com qualidade de vida, dando cumprimento à Agenda 2030 das Nações Unidas.